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21 de dezembro de 2021

PenhaS vence Prêmio #Rompa, do Tribunal de Justiça de SP

Projeto do Instituto AzMina conquistou 1º lugar do prêmio que destaca iniciativas que previnem o feminicídio

O PenhaS, projeto de enfrentamento à violência contra a mulher do Instituto AzMina, conquistou o primeiro lugar na categoria Sociedade Civil do Prêmio #Rompa. Promovido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pela Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), o prêmio reconhece e dá visibilidade a iniciativas que incentivam o rompimento do ciclo da violência em todo o Estado de São Paulo, sejam de conscientização, de orientação, de prevenção e/ou de acolhimento a mulheres em situação de violência.

Na cerimônia de anúncio dos vencedores, Marília Taufic, idealizadora do PenhaS e representante do Instituto AzMina na premiação, destacou o atendimento a mais de 7 mil mulheres no aplicativo, que busca dar apoio e informação de qualidade às mulheres em situação de violência, oferece ferramentas de pedido de ajuda  e também cria uma rede de acolhimento entre mulheres. 

Marília Taufic, idealizadora do app PenhaS, recebe Prêmio #Rompa

“É muito importante conseguirmos olhar mais profundamente para todos os projetos. Nós, por muito tempo, nos indagamos se um aplicativo em um ambiente virtual conseguiria fazer o acolhimento e criar um ambiente seguro para essas mulheres pedirem ajuda, e hoje já temos 7 mil mulheres cadastradas no aplicativo. Pretendemos crescer muito mais, mas eu sempre digo que o nosso grande objetivo é que um dia o PenhaS não precise mais existir”, disse Taufic. O evento foi transmitido pelo YouTube. 

Os outros dois projetos melhor avaliados na categoria Sociedade Civil foram  o Grupo Reflexivo com homens autuados pela Lei Maria da Penha, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, e a Casa Tereza para mulheres em vulnerabilidade social, do Humanitas360. 

O júri da categoria Sociedade Civil,  que analisou resultados; criatividade e inovação; qualidade; replicabilidade e alcance social, foi composto pela advogada Claudia Luna, a juíza Juliana Silva Freitas, a  psicóloga Mafoane Odara, a professora Mariângela Magalhães e a defensora pública Mônica de Melo.

O PenhaS tem sido reconhecido pelo judiciário como um ferramenta eficiente no enfrentamento à violência contra a mulher. O projeto venceu o Prêmio Respeito e Diversidade 2021, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em terceiro lugar na modalidade sociedade. O app também é recomendado por juízes nas medidas protetivas expedidas pelo Fórum da Barra Funda, o maior da América Latina, e pela Casa da Mulher Brasileira de São Paulo. 

* As opiniões aqui expressas são da autora ou do autor e não necessariamente refletem as da Revista AzMina. Nosso objetivo é estimular o debate sobre as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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