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8 de junho de 2022

Não é mimimi! Violência política de gênero impede as mulheres de atuarem na política

Veja como você pode ajudar a denunciar o discurso de ódio contra candidatas

Quarenta xingamentos por dia é a quantidade de mensagens de ódio que um grupo de 123 candidatas recebeu nas últimas eleições. Esse dado foi exposto pelo MonitorA, nosso observatório da violência política de gênero, em parceria com o InternetLab. Ele ajudou a jogar luz sobre este grave problema e parte da estrutura política brasileira, que afasta mulheres da política. 

Para termos mais deputadas, senadoras e governadoras, precisamos acabar com a violência de gênero contra candidatas. Estamos a menos de quatro meses das eleições de 2022 e ainda não conseguimos todos os recursos para fazer o MonitorA este ano. Por isso, lançamos a campanha de financiamento coletivo “Isso Tem Nome: violência política de gênero. O projeto MonitorA é essencial para a democracia. Faça sua parte, veja como ajudar aqui

Precisamos do apoio de nossas leitoras e leitores, pessoas que acreditam e defendem a democracia, para arrecadar R$ 55 mil e financiar cinco reportagens que vão investigar a fundo a violência política de gênero em todas as regiões do Brasil. 

Estamos em um momento decisivo para a democracia brasileira e não vamos ficar de braços cruzados assistindo as mulheres serem xingadas, diminuídas e ameaçadas. Vamos denunciar o discurso de ódio e a violência de gênero contra mulheres na política e precisamos do envolvimento de todas e todos.

Queremos fazer mais

Nas eleições de 2020, o MonitorA coletou milhões de publicações dirigidas a 175 candidatas e candidatos em diferentes redes sociais (Twitter, Instagram e YouTube), analisou milhares delas, produziu reportagens e um relatório de recomendações que foi levado às principais plataformas. O projeto revelou que as candidatas foram atacadas por aquilo que são (mulheres, negras, idosas, trans), enquanto os candidatos receberam ofensas principalmente por suas atuações profissionais. 

Os dados do MonitorA também contribuíram para que candidatas denunciassem as agressões sofridas durante a campanha e buscassem punição para seus agressores. Ao pautarmos o tema com reportagens e dados significativos, conseguimos influenciar a agenda política de produção legislativa e alguns projetos de leis que visam prevenir e combater esse tipo de violência. Na Câmara dos Deputados, o relatório pela aprovação do PL 5.613/2020, por exemplo, citou dados do MonitorA e já virou lei – a primeira a prevenir e combater violência política nas eleições brasileiras. 

Precisamos da sua doação para realizar as reportagens do MonitorA e continuar fazendo o jornalismo que luta pela democracia e pelas mulheres. Se puder, faça hoje uma contribuição de qualquer valor. Cada doação importa

* As opiniões aqui expressas são da autora ou do autor e não necessariamente refletem as da Revista AzMina. Nosso objetivo é estimular o debate sobre as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

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AzMina ajudou a revolucionar a cobertura de gênero no jornalismo brasileiro nos últimos 6 anos. Com informação e dados, discutimos temas tabus, fazemos reportagens investigativas e criamos uma comunidade forte de pessoas comprometidas com os direitos das mulheres. Muita coisa mudou nesse meio tempo (feminicídio deixou de ser “crime passional” e “feminista” xingamento), mas as violências contra as mulheres e os retrocessos aos nossos direitos continuam aí.

Nosso trabalho é totalmente independente e gratuito, por isso precisamos do apoio de quem acredita nele. Não importa o valor, faça uma doação hoje e ajude AzMina a continuar produzindo conteúdo feminista que faz a diferença na vida das pessoas. O momento é difícil para o Brasil, mas sem a nossa cobertura, o cenário fica ainda mais tenebroso.

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