O PenhaS, projeto de enfrentamento à violência contra a mulher do Instituto AzMina, conquistou o primeiro lugar na categoria Sociedade Civil do Prêmio #Rompa. Promovido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo e pela Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), o prêmio reconhece e dá visibilidade a iniciativas que incentivam o rompimento do ciclo da violência em todo o Estado de São Paulo, sejam de conscientização, de orientação, de prevenção e/ou de acolhimento a mulheres em situação de violência.
Na cerimônia de anúncio dos vencedores, Marília Taufic, idealizadora do PenhaS e representante do Instituto AzMina na premiação, destacou o atendimento a mais de 7 mil mulheres no aplicativo, que busca dar apoio e informação de qualidade às mulheres em situação de violência, oferece ferramentas de pedido de ajuda e também cria uma rede de acolhimento entre mulheres.
“É muito importante conseguirmos olhar mais profundamente para todos os projetos. Nós, por muito tempo, nos indagamos se um aplicativo em um ambiente virtual conseguiria fazer o acolhimento e criar um ambiente seguro para essas mulheres pedirem ajuda, e hoje já temos 7 mil mulheres cadastradas no aplicativo. Pretendemos crescer muito mais, mas eu sempre digo que o nosso grande objetivo é que um dia o PenhaS não precise mais existir”, disse Taufic. O evento foi transmitido pelo YouTube.
Os outros dois projetos melhor avaliados na categoria Sociedade Civil foram o Grupo Reflexivo com homens autuados pela Lei Maria da Penha, do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, e a Casa Tereza para mulheres em vulnerabilidade social, do Humanitas360.
O júri da categoria Sociedade Civil, que analisou resultados; criatividade e inovação; qualidade; replicabilidade e alcance social, foi composto pela advogada Claudia Luna, a juíza Juliana Silva Freitas, a psicóloga Mafoane Odara, a professora Mariângela Magalhães e a defensora pública Mônica de Melo.
O PenhaS tem sido reconhecido pelo judiciário como um ferramenta eficiente no enfrentamento à violência contra a mulher. O projeto venceu o Prêmio Respeito e Diversidade 2021, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em terceiro lugar na modalidade sociedade. O app também é recomendado por juízes nas medidas protetivas expedidas pelo Fórum da Barra Funda, o maior da América Latina, e pela Casa da Mulher Brasileira de São Paulo.