O Instituto AzMina realiza neste sábado, 10 de agosto, a primeira edição do Conexões PenhaS, projeto que, a partir de rodas de conversa, se propõe a levar para o presencial o ambiente de escuta, acolhimento e troca de informações do aplicativo PenhaS, plataforma que há cinco anos se dedica ao acolhimento e ajuda a mulheres vítimas de violência. O objetivo é reunir, num mesmo espaço, mulheres diversas, usuárias do app, profissionais e gestoras de equipamentos da rede de atendimento, pesquisadoras, estudantes, apoiadoras d’AzMina e outras organizações da sociedade civil sensíveis ao tema, de forma a olhar para a realidade local e para os contextos de enfrentamento à violência contra a mulher.
A primeira roda será aberta em Salvador, capital da Bahia, em parceria com o Odara – Instituto da Mulher Negra, organização da sociedade civil que, desde 2010, atua com o compromisso de fortalecer a autonomia e garantir direitos das mulheres negras, além do enfrentamento às violências raciais e de gênero.
“Fazer o Conexões PenhaS em Salvador, na sede do Instituto Odara, e na semana do marco dos 18 anos da Lei Maria da Penha é não só a realização de um sonho, mas uma oportunidade de seguirmos construindo de forma coletiva e cada vez mais articulada aos territórios estratégias de sobrevivência e um futuro livre de violência para as mulheres, compreendendo a comunicação e a tecnologia como chaves para pensar essas saídas”, destaca Marília Moreira, diretora de Operações e Tecnologia d’AzMina.
A edição baiana do Conexões PenhaS é uma entrega da campanha de financiamento lançada pelo Instituto AzMina em março de 2024, intitulada “Conexões que curam, mulheres que se salvam”. A ação previu a realização de três momentos de diálogo, visando fortalecer o enfrentamento à violência contra a mulher por meio de um espaço seguro e colaborativo para discussão e apoio.
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“As rodas de conversa se concretizam em um momento crucial de expansão do PenhaS, em um momento que nossos esforços e planejamentos estão ainda mais dedicados à expansão do app para regiões como Norte e Nordeste, quando pretendemos nos aproximar ainda mais das redes de atendimento, das organizações da sociedade civil e, principalmente, dos grupos sociais de mulheres mais afetados pela violência de gênero. Acreditamos e sonhamos com um Brasil livre da violência, e sabemos que essa realidade só é possível se construída de forma coletiva. É nesse caminho que seguimos”, avalia Mari Leal, gerente do PenhaS.
O Instituto AzMina acredita que as rodas de conversa são oportunidades únicas para compartilhar histórias, oferecer suporte a usuárias e potenciais usuárias da plataforma PenhaS, além de discutir estratégias efetivas para enfrentar a violência contra a mulher considerando as especificidades das regiões e territórios. “A semente do PenhaS é o propósito de conectar mulheres. As rodas são uma maneira a mais de continuarmos fortalecendo e adubando esse terreno”, completa Leal.
SOBRE O PENHAS
O PenhaS é um aplicativo gratuito e que funciona em todo o Brasil como espaço de acolhimento e ajuda a mulheres vítimas de violência. Por meio da tecnologia, as usuárias podem compartilhar suas vivências, receber orientação e informação de qualidade e encontrar, em um único lugar, funcionalidades que auxiliam na quebra do ciclo da violência.
A plataforma oferece funcionalidades diversas, amparadas nos pilares ACOLHIMENTO, INFORMAÇÃO e AJUDA, entre elas o Manual de Fuga, mapa de pontos de apoio, botão de pânico, cadastro de guardiões, botão de discagem direta para a polícia, assim como recurso de gravação para produção de provas e atendimento sigiloso, com profissionais treinados para o atendimento à mulheres em situação de violência.